A Fepesp e os sindicatos que a integram insistem na negociação com o Sesi para assinar o Acordo Coletivo de Trabalho.
A proposta de reajuste de 8%, construída na mesa de negociações, garante ganho real de 2,5% aos salários, além da reposição inflacionária. Porém os sindicatos mantêm a posição de discutir a defasagem salarial entre os professores do ensino fundamental e médio. A recusa do Sesi em assumir o compromisso de discutir essa situação é o único motivo pelo qual o reajuste ainda não chegou ao bolso dos professores.
O debate sobre a desigualdade nos salários dos professores é uma reivindicação justa e legítima. Justa porque a diferença chega a 67% e legítima por ter surgido dos próprios professores nas assembleias.
É importante lembrar que o índice de 8% não caiu do céu. Foi fruto da mobilização conduzida pelos sindicatos, reunindo mais de 2500 professores em todo o Estado.
Por ironia, sindicatos que não integram a Fepesp e que não tiveram participação alguma no processo de mobilização e negociação, concordaram em assinar o Acordo nos termos e condições impostas pelo Sesi. Por este motivo, uma pequena parcela dos professores já recebeu o salário reajustado, mas, a que custo?
Diálogo
Entre as alternativas para sair do impasse, os sindicatos sugeriram a nomeação de um árbitro para decidir o conflito. A ideia foi recusada pelos patrões, que também não aceitaram submeter a questão ao Tribunal do Trabalho, em processo de dissídio coletivo, como foi expresso na ata da mesa de conciliação no Ministério do Trabalho em 10 de abril.
Na negociação, continuamos abertos ao diálogo e insistimos na reabertura dos entendimentos, apelando, inclusive, à mediação dos advogados que representam a diretoria do Sesi. Os professores serão convocados para voltar às assembleias, caso ocorra qualquer fato novo.
Senai
É inexplicável a decisão patronal em não reajustar os salários dos professores do Senai, que aceitaram a proposta nas assembleias. Condicionar a manutenção do reajuste a um problema específico do Sesi não tem nenhum cabimento.
FONTE: FEPESP