O Sindicato dos Professores de Jundiaí vem recebendo, ao longo dos últimos dias, diversas ligações denunciando violações dos protocolos sanitários nas escolas da rede privada que retomaram as atividades presenciais: excesso de alunos em sala, desrespeito ao distanciamento mínimo, mal uso de máscaras e de álcool em gel.
Não cabe, porém, ao sindicato fiscalizar o cumprimento dos protocolos de segurança e, por isso, encaminhamos, na última segunda-feira, dia 22/2, denúncias ao órgão municipal de Vigilância Sanitária por meio do telefone 156. Recebemos ontem, dia 25/2, resposta por e-mail indicando que serão feitas visitas de fiscalização às escolas denunciadas nos próximos dias 15 e 25 de março, ou seja, entre três semanas e até mais de um mês após a denúncia.
Diante disso, fica o questionamento: como manter as atividades presenciais nas escolas se, no caso de violações do protocolo de segurança, que nos é apresentado como garantia de que é possível retornar, o órgão responsável demora até mais de um mês para verificar uma denúncia. Em meio a uma pandemia, quantos professores, demais funcionários, alunos e familiares não poderão ser contaminados ao longo desse tempo?
Embora as autoridades insistam no retorno precipitado às atividades presenciais, as organizações sindicais dos trabalhadores da Educação vêm reiteradamente denunciando a incapacidade do poder público de garantir a segurança sanitária da comunidade escolar. Todos sentimos falta e queremos o retorno às aulas presenciais, mas isso deve acontecer quando os riscos envolvidos estiverem sob controle, com garantias reais do cumprimento dos protocolos de segurança sanitária e vacinação em andamento. Antes disso, forçar o retorno é desrespeitar a saúde e a vida de trabalhadores, alunos e suas famílias.