Professores do Sesi e Senai reunidos na Câmara Municipal de Jundiaí nesta quinta-feira, 26/03, aprovaram a proposta de 7% para o reajuste salarial de 2015 mais um abono de 15% em outubro.
As negociações com o Sesi e Senai seguem sempre o INPC Ibge como referência. O acumulado nos últimos 12 meses (março/2014 a fevereiro/2015) foi de 7,68%. “Considerando o total de ganhos, 7% mais o abono, vamos somar 8,25% de reajuste, um valor considerável diante da atual situação econômica”, avalia Neizy Cardoso, presidente do SINPRO Jundiaí. Para ela o abono também abre possibilidades para a categoria incluir a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) nas negociações futuras do Sesi e SENAI.
Em janeiro e fevereiro de 2016 o reajuste passa a ser 7,68% sobre pagamento de março. O vale-alimentação e o vale-refeição foram reajustados em 5,76% e em 2,25% respectivamente. Dos 126 professores presentes houveram apenas duas rejeições. “A presença dos professores na reunião foi importante para avaliarem a proposta, e juntos participarem dessa negociação. Isso mostra como professoras e professores estão engajados.”
Este Acordo Coletivo vai valer por um ano, assim ano que nas próximas negociações serão retomadas a defesa de cláusulas importantes que não puderam ser incluídas este ano, como o aumento da hora-atividade e a remuneração da hora tecnológica.
Manisfesto – Os 22 Sindicatos dos Professores que integram a Fepesp realizaram assembléias para análise da proposta salarial que foi aprovada, exceto no SINPRO São Paulo. No entanto, as reuniões foram marcadas pela insatisfação dos professores em relação as condições de trabalho. O descontentamento gerou um manifesto sugerido pelo SINPRO Campinas e apoiado pelos demais sindicatos. O documento denuncia as precárias condições de trabalho a que os professores estão submetidos como a intensificação do trabalho, o PREP, a mudança nas chamadas “vivências” do período integral até o 5º ano, que transferiu atividades realizadas por professores de educação física para as professoras do Fundamental I e o assédio moral nas unidades do SESI. E também critica a forma arbitrária com que os diários de classe digitais foram adotados neste ano.