Embora sejamos uma categoria bem esclarecida, precisamos admitir que nossa experiência é em salas de aula, ensinando, educando, e não no mundo dos negócios. Nos preparamos para isso, mas enfrentar uma campanha salarial não é um mar de rosas, não é algo dentro dos princípios éticos e honestos.
É um jogo sujo, de mentiras, de blefes, de ameaças. Os representantes de escolas choram lágrimas de crocodilo ao saberem das propostas do nosso Sindicato. Nada podem. Qualquer centavo a mais – alegam eles – será a bancarrota das escolas.
Ameaçam veladamente professores, usando a língua vendida de diretores, supervisores, coordenadores, antevendo um quadro de demissões e desemprego; mentem descaradamente sobre a evasão de alunos para a rede pública, um fato normal todos os anos. E blefam muito.
É importante que tenhamos união, que não nos dispersemos em grupos que sonham ou com os que só querem o poder. Ou ainda, o que é pior, em grupos infiltrados, pagos para tumultuar nossas assembléias e confundir nossos companheiros.
Vamos redobrar nossas conversas, conversando com os colegas professores, mostrar a importância da participação em nossas lutas. Quanto mais gente, mais cedo e maior será nossa conquista. Mas, se você está contente com o que ganha, se entende ser normal ser pisoteado por coordeenadores e diretores, se quer continuar enriquecendo seus patrões enquanto sua família passa dificuldades, fique longe do Sindicato.