Desde que iniciamos nossa campanha salarial, notamos uma certa indiferença, quase um desprezo, por parte dos negociadores patronais. Fomos claros e objetivos, mas nada ouvimos em termos de propostas, por mais ridículas que fossem. Silêncio total. Os professores não existem. Continuam sendo o material didático barato, substituível a qualquer tempo.
Não podemos, contudo, deixar nos abater. Exercemos um papel importantíssimo na formação da sociedade; somos os responsáveis pela formação de profissionais em todos os setores – mas, para alguns patrões, isso é uma questão somenos.
Juntamente com a Federação, estamos atentos a esse surdimutismo incompreensível das escolas particulares, infantis, de ensino superior e do sistema S (Sesi e Senai). Em nossa assembléia, aprovamos encaminhar pedido de reajuste de 15% em nossos salários. Não sabemos ainda quanto nos será oferecido.
Mas não desistimos. Não é com silêncio que conquistaremos benefícios. Não é com desunião que chegaremos a resultados positivos. Torna-se importante que sejamos fortes o bastante para enfrentar mais essa adversidade em nossas carreiras. Desistir? Jamais.