17/01/2013 – O aumento de 7,28% no piso salarial de professores do ensino básico foi considerado ‘vergonhoso’ pela presidente do Sindicato dos Professores de Jundiaí (SINPROJUN), Neizy Cardoso. Segundo ela, a correção anunciada pelo Ministério da Educação (MEC), na semana passada, reflete a falta de compromisso com as questões educacionais.
“É preciso ter o entendimento de que ser professor não é um sacerdócio, todos precisam de dinheiro para viver”, enfatizou Neizy. “Para ser um professor, por lei, é preciso ser formado em Pedagogia ou em alguma licenciatura, curso com duração mínima de três anos. Não é difícil encontrar cargos que, com a mesma titulação, oferecem melhores salários”, disse ela.
Com o reajuste, o piso salarial passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 para os professores que cumprem jornada de 40 horas semanais. De acordo com o MEC, o reajuste é concedido com base no percentual de aumento, de 2011 a 2012, do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).
Por outro lado, segundo Neizy, a situação salarial do professor da rede privada é ainda mais delicada. “A rede particular tem jornada máxima de 22 horas semanais e piso salarial de apenas R$ 898, 06 para quem dá aulas para as séries iniciais do Ensino Fundamental”, explicou a presidente da entidade.
Com a expectativa de reverter esse cenário, o Sindicato segue empenhado para buscar bons resultados na Campanha Salarial 2013, cuja assembleia geral deve ter data definida nos próximos dias.